O senador César Borges passa um dilema. Integrante da base governista, mas historicamente ligado ao carlismo na Bahia, o senador tem dado uma no cravo e outra na ferradura quando se trata de definir suas alianças para 2010. A tendência seria ficar junto com Geddel Vieira Lima, que montará o segundo palanque pró-Dilma no estado (o primeiro, claro, é o do governador petista Jaques Wagner).
No entanto, os herdeiros do carlismo, a começar por ACM Neto, já avisaram: se César não apoiar a candidatura oposicionista de Paulo Souto, o senador ACM Júnior será lançado à reeleição. E quando ACM Júnior entra em cena, as intenções de voto em César, que poderia ter uma reeleição tranquila, despencam. Baianos que entendem do assunto acreditam que, mesmo contra sua vontade, César vai acabar obrigado a ficar com os herdeiros de Antonio Carlos, em nome de sua sobrevivência política.
Por Lauro Jardim - Veja on-line
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