As recentes quebras de sigilo de familiares do candidato José Serra e de pessoas ligadas ao PSDB mostram de maneira inequívoca que o aparelhamento do Estado por integrantes de um partido ou de uma organização sindical são além de um gerador de ineficiência e desperdício de dinheiro público uma clara ameaça ao cidadão.
Desse modo, ao meu sentir, no domingo a principal escolha que faremos não será pela continuidade ou não de um projeto que alie crescimento econômico com distribuição de renda lastreada políticas de benefícios sociais.
As conquistas alcançadas nos últimos 16 anos não são monopólio de um partido ou de uma só pessoa, são conquistas de toda a nação e ao seu povo pertencem.
A grande escolha que nós eleitores faremos no dia da eleição será se continuaremos a permitir e até achar normal que um partido se apodere e faça do estado seu instrumento de dominação privilegiando aos asseclas e se sobrepondo a toda a coletividade
Ou ainda se permitiremos que um projeto de poder que enxerga na imprensa e na oposição inimigos que precisam ser controlados, ou até mesmo aniquilados (palavras do próprio presidente) se perpetue através de um improviso autoritário. de quem, em razão da popularidade que possui, se acha acima de qualquer lei e se comporta como o chefe de uma facção.
Popularidade essa, é oportuno esclarecer, que se deve muito mais pela continuidade de políticas antes criticadas do que pela pratica de idéias que passou a vida defendendo.
A acachapante maioria que as urnas apontam conceder ao governo nas disputas legislativas apontam mais uma vez na necessidade de se fortalecer a oposição como maneira de preservar o equilíbrio institucional do país.
Portanto, boa esolha.
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